O K-Pop, como todos conhecemos, é um estilo musical altamente comercial e lucrativo. A prova disso é que mesmo em uma sociedade que consome principalmente música na forma de pirataria, seus CDs são exportados para todo o mundo em grandes quantidades e a agenda dos artistas nunca para. Na matéria de hoje vamos ver um pouco do que faz com que o K-Pop seja tão atrativo comercialmente e quais as novas estratégias de uma das maiores empresas musicais coreanas para expandir (e vender) ainda mais este estilo!
Busca, criação e vendagem de artistas
Esperar o surgimento de um artista completo e capaz custa caro para o mercado coreano, por isso as empresas musicais funcionam como grandes centros de treinamento para aqueles que precisam de um pouco de lapidação para se tornarem estrelas ideais. O processo de criação de um artista começa nas audições, onde os selecionados se tornam trainees da empresa para aperfeiçoar suas habilidades de canto, dança e quem sabe até aprender outros idiomas. Depois de anos de treinamento árduo enfim o artista estreia no mercado musical seja como solo ou membro de um grupo.
Este modelo funciona muito bem na Coreia do Sul e é seguido pelas maiores empresas de entretenimento do país. Após o treinamento, existe a constante produção de músicas, coreografias e vídeos, além da divulgação destes materiais pelo mercado. Este modelo permite a constante criação de cantores através da busca e aperfeiçoamento de talentos escondidos pelo globo.
Mas ainda assim existe muita pirataria no mercado musical, como os grupos vendem tantos CDs e promovem tanto? Para responder esta pergunta vamos lembrar que o K-Pop funciona como um gigantesco mercado na Ásia. A criação de um grupo gera rapidamente novos fãs para o mesmo. Fãs que desejam que seu artista preferido tenha mais destaque neste meio e que também desejam ter alguma coisa mais "palpável" dele, algo que aproxime mais o "laço" artista-fã. É neste quesito que os artistas vendem, ao fazer CDs cheios de conteúdos especiais que não são muito desenvolvidos nos CDs ocidentais (capas de diferentes tamanhos, photobooks com várias fotos especiais, cards individuais "assinados" por um cantor, entre diversos outros atrativos), que vendem mais pelos conteúdos extras que pelo disco em si. Além disso, comprar as músicas, seja física ou digitalmente, ajuda a "dar pontos" para o artista em programas musicais que ocorrem toda semana e que sempre premiam o artista que mais adquiriu pontos na semana corrente.
Novas estratégias de marketing
Mesmo com todos esses atrativos, o mercado musical sul-coreano ainda é extremamente competitivo, e nem sempre grupos novos conseguem seu lugar ao Sol, principalmente se o grupo vier de uma empresa pequena (nesse caso os artistas terão que batalhar ainda mais para fazer sucesso). Para isso existem novas estratégias usadas para promover ainda mais os cantores, e a mais utilizada recentemente é promovê-los desde antes do debut.
Uma forma comum de fazer isto é criar programas televisivos onde as empresas vão colocar seus trainees para competir uns com os outros a fim de determinar quem vai estrear primeiro e em qual grupo. Alguns grupos que estrearam por este método foram o TWICE, Winner e Ikon.
Uma das maiores empresas de entretenimento, a SM Entertainment, também divulgou neste ano novos projetos para expandir ainda mais o K-Pop pelo mundo. Os projetos variam desde a liberação de um MV a cada semana, a colaboração musical com artistas internacionais até a criação de um novo super grupo: o NCT, que tem como proposta estar presente em diversos países ao mesmo tempo (como um EXO-K e EXO-M, só que em vários países ao mesmo tempo onde os integrantes de cada subgrupo tendem a ser nativos do país em questão).
Isso mostra que este estilo musical só tende a crescer e se expandir para outros países sem permanecer estagnado e sem ter grandes prejuízos devido à pirataria. E você, o que acha do modelo de mercado musical sul-coreano? Considera ele eficiente? Justo? Dê a sua opinião!
Fonte: [1]
Escrito por: Junot Freire
