Entrevista 1 - A Origem



     A primeira rodada de entrevistas sobre a nossa querida comunidade kpopper baiana tem como objetivo investigar um pouco mais sobre a "descoberta" do kpop aqui no estado. Hoje apresentamos um pouco da conversa que tivemos com duas ilustríssimas pessoas que viram isto acontecer, mais conhecidos como Gaia e Jurouni.

Entrevista com: Jurouni

Nome: Vivaldo Mendes
Apelidos: Sensei, Jurouni
Kpopper há: 8 anos

Abertura: "Meu tempo de k-pop se iniciou de forma diferente, eu já era fã do gênero através de uma artista em particular mas não sabia. No caso era BoA, eu a acompanhava por meio de seus singles japoneses. Dai quando descobri que era coreana e ainda existia um mercado pop coreano fui conhecer, adentrando este universo musical novo para mim e me dei conta que era maravilhoso, conheci outros bons nomes como: TVXQ, 2PM, Super Junior, SS501... dentre outros."

KBE: Já existia uma comunidade kpopper sendo definida nesse período?

Jurouni: Bom, de certa forma existia sim um público bem reservado, no caso, Agora não lembro a data exata mas acredito que há 3 anos atrás ocorreu o primeiro encontro kpopper propriamente dito. Depois desse encontro onde se formou a base que hoje é o K-pop BA. No caso, ainda existe até o grupo com nome Kpoppers de salvador. Depois dai foi consolidado uma comunidade propriamente de fãs do gênero.

KBE: Na sua opinião, o que foi que causou o "boom" do kpop aqui em salvador?

Jurouni: Eu defino como um boom mesmo depois que passou a ter os torneios covers, dai foi despertando o interesse de muitos fãs e fazendo eles sairem de suas tocas.

KBE: Você acha que é uma sequência natural o pessoal otaku descobrir o kpop e passar a interagir com o meio?

Jurouni: Bom, eu vejo a comunidade otaku local tendo uma boa relação sim com a galera k-popper. A Bahia é famosa por unir tribos distintas em prol de uma inciativa. No caso, os eventos otakus hoje comportam ambos sem problema algum. Piadas ,claro, existem. O k-pop ainda é algo visto como para meninas, dai um menino que goste, mesmo ele não sendo gay ( no meu caso kk) é taxado de gay.

KBE: De uns tempos para cá a gente tem visto o aparecimento de uma pequena fatia de kpop nos eventos de cultura oriental em salvador. O que você acha que ainda precisa melhorar?

Jurouni: Pra mim, o que precisa melhorar é mais respeito perante ao gênero, existe sim um potencial a ser explorado porém o espaço dado ainda é pequeno. Os concursos cover de K-pop já SÃO uma contribuição grandiosa, contudo existem aqueles que não dançam e nem tem tanta falta de timidez assim. São estes que merecem mais atenção, e para atingir eles são necessários mais espaços voltados para o k-pop.

KBE: De rapaz experiente no kpop que você para esse bando de gente nova que tá chegando desorientada. Qual o conselho que você daria para eles realmente aproveitarem o kpop e o kpop ba?

Jurouni: Então, o que posso dizer, antes de mais nada quero reforçar também que mesmo mais velho no meio ainda me vejo aprendendo todos os dias se tratando de K-pop. Fico agradecido em ser convidado pela KBE para ser um representante dessa massa de fãs de k-pop baianos, Não sou melhor que ninguém e nem pior, mas respondendo... O conselho que posso dar é bem simples, como tudo na vida. Levem seus gostos pessoais apenas como um hobby. Razão sempre a frente da emoção e pensem no K-pop como um estilo musical único, que nos desperta este sentimento de alegria ao escutá-lo. Nada fora disso, existem coisas mais importantes em nossas vidas do que bias ou grupos, apenas admiração já basta.


Entrevista com: Gaia

Nome: Otávia Menezes Costa
Apelido: Gaia
Kpopper há: 15 anos

Abertura: "A primeira vez q ouvi uma música k-pop foi Dreams Come True do grupo S.E.S, através de um correspondente q me enviou um fan video com esta música e cenas do anime q amo chamado Fushigi Yuugi, da minha diva Yuu Watase. Amei a música, mas na época não consegui descobrir de quem era porque todos os meus amigos eram otakus, então deixei de standby. Isso foi entre 1997 e 1999. Em 2000 um conhecido me mostrou o primeiro live de BoA da música Peace B:ID. Amei de imediato a música e a cantora super fofa de 14 anos. Mas foi em 2007, quando eu já estava trabalhando e pude fazer um plano de Internet, que tive a possibilidade de fazer todas as pesquisas q não pude fazer antes. E assim foi de lá pra cá. Através do Facebook fui conhecendo outros k-poppers e me inteirando sobre este universo."

KBE: : Quando você começou a ouvir kpop, este estilo de música não era muito conhecido. Você acha que esse público Kpopper começou a surgir de suas "raízes otaku"?

Gaia: Acredito que sim, porque os otakus faziam fan video, Só que naquela época não "existia" a Internet, pelo menos não como a conhecemos de muitos anos pra cá. O boom da Internet foi a partir de 2000. Naquela época os fan videos eram passados ou vendidos (não tenho muita certeza se eram vendidos) através de fitas VHS, como os fansubbers faziam com os animes. Ganhei essa fita com o fan video de um correspondente meu. Naquela época não existia k-pop em Salvador e muito menos o termo k-pop.

KBE: Quando foi que você percebeu o surgimento de Kpoppers aqui na região?

Gaia: Acho q por volta de 2010 mais ou menos. Pode ter sido antes, mas pelo que me lembro comecei a conhecer k-poppers aqui por volta desse ano.

KBE: Você frequenta os eventos de cultura  oriental?

Gaia: Sim. Fui numa feira de Cultura Oriental em 2002, mas não tinha lá nenhuma referência de k-pop e depois numa feira japonesa um tempo depois. Não lembro em q ano foi. Não existiam eventos como os de hoje. Frequento o Anipolitan desde as primeiras edições e Rikun fez parte do mesmo fan club que eu. Posso dizer que a minha geração preparou o terreno para o pessoal de hoje.

KBE: Quando foi que você percebeu que os eventos estavam adquirindo uma vertente coreana?

Gaia: Depois que surgiram os encontros k-pop. Porque só surgiram alguns poucos eventos voltados inteiramente para a cultura japonesa por causa dos otakus. Parece inacreditável, mas era assim. É muito bom ver q Salvador está ganhando visibilidade, mesmo que a passos lentos. Parece que as novas gerações estão mais unidas e empenhadas nisso.

KBE: Você acha que ainda falta algo para ser melhorado ou algo que deveria acontecer de novo no kpop ba?

Gaia: Acho q os k-poppers deveriam aproveitar essa iniciativa de grupos como a KBE para participarem mais e se unirem cada vez mais. Temos que mostrar ainda mais força com fan videos, mais eventos de dança k-pop freestyle, karaoke, etc... E postar estes videos no youtube para ganharmos ainda nais visibilidade. Tenho muitas idéias, mas faltam pessoas dispostas a fazer acontecer.

KBE: E agora pra finalizar nossa entrevista, qual o conselho que você daria pro pessoal que está começando a gostar de kpop, mas não sabe para onde seguir?

Gaia: Comecem pesquisando a história do k-pop. É entendendo as bases que se compreende o mundo de estilos que tomou conta do k-pop e pode se observar como eles evoluíram e continuam a evoluir tecnicamente e musicalmente.


E com isto concluímos as entrevistas do primeiro dia da semana sobre a comunidade kpopper baiana! E nada melhor que terminar o dia com um pouco de música, certo? Para representar um pouco desse banho de história que tivemos agora, assistam o MV "ID; Peace B", da BoA. Justamente da época que ela estava começando sua carreira!



Até a próxima entrevista!
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