Muitas pessoas
com certeza assistiram UNPRETTY RAPASTAR (1 ou 2), e muitos ainda se perguntam como é o cenário do k-hiphop e k-rap para uma mulher. Já estamos
acostumados a ver rappers em grupos idols, como Exid, que tem a
talentosa LE e até mesmo a
rapper CL, do 2NE1, que vem chamando muita atenção no mercado
americano. Mas como é a realidade das rappers coreanas?
Quando falamos de
rap, imaginamos sempre homens com letras fortes e agressivas que
normalmente fazem alguma critica sobre determinado assunto. Mas nos
últimos anos, estamos vendo todas essas barreiras sendo modificadas. Entre tantos
exemplos, darei destaque para a rapper Yoon Mirae.
Yoon Mirae é americana e seu nome de batismo é Natasha Shanta Reid. Filha de
mãe coreana e pai afro-americano, ela é uma dos poucas artistas
mestiças no entretenimento musical da Coreia do Sul (como Lee Michelle e Insooni). Tendo várias
mudanças durante sua carreira, Yoon Mirae estreou no Grupo Uptown, em 1995. Um ano após a disband do seu grupo, em 2001, Mirae fez sua
estreia solo como T. Seu álbum Gemini, de 2002, era
composto por uma mistura de faixas de R&B, incluindo Concrete
Jungle, que
justapôs o fluxo rápido de suas rimas contra seus vocais ricos e
aveludados. Em seu single Black
Happiness,
ela ilustra a dura realidade enfrentada pela artista como uma
vocalista mestiça vivendo na Coreia do Sul.
Consequentemente,
sua carreira solo se desenvolveu através de várias colaborações
envolvendo seu marido, Tiger JK e seu parceiro
musical, Bizzy. Em 2013, eles formaram o trio MFBTY e lançaram
o criticamente aclamado álbum, The Cure.
Desde então, as
rappers femininas vem ganhando um grande espaço na indústria
coreana. Jessi, Cheetah, KittiB, Gilme, são exemplos de ótimas
artistas do cenário underground (ou não) na Coreia. Com letras
impactantes, na maioria das vezes as rappers femininas falam sobre as
dificuldades em ser mulher nesse grande mercado e também suas
histórias de vida.
Mas qual a grande
diferença entre rappers idols e rappers independentes?
Como podemos ver, grupos idols, em sua maioria, tem a música composta
por outra pessoa. Desta forma, o rap tem de estar de acordo com o
conceito do grupo e da música, sendo apenas uma parte integrante da canção. As rappers independentes fazem o seu próprio
conceito e expressam suas próprias ideias. Essa diferença também aparece quando falamos de sucesso.
Rappers idols realmente tem mais destaque na indústria coreana, seja
pela empresa, ou pela grande propaganda que as cerca.
Rappers underground e até mesmo rappers idols de grupos ainda não tão
conhecidos estão ganhando grande visibilidade após o programa
Unpretty Rapstar, que é transmitido pelo canal da MNET. O programa
vem nos surpreendendo a cada temporada. Como na segunda, onde tivemos
a Hyolyn (SISTAR) mostrando suas grandes habilidades como rapper,
dessa forma também, eliminando grande parte de qualquer tipo de
preconceito que possa existir contra rappers femininas. O programa dá destaque a artistas do cenário underground também, como a KittiB,
Gilme, Cheetah e várias outras que vimos e vamos conhecer nas
próximas temporadas do UR.
Escrito pela kpopper: Thamy Ambromovich
Fontes: [1]
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